domingo, 26 de fevereiro de 2017

Uma grande amiga minha disse-me há algum tempo que o gosto que eu tinha pelo Carnaval contagiava as pessoas que me rodeavam. Ela, que nem era grande fã do Carnaval, aguardava agora com ansiedade essa data para poder vestir o seu boneco e vir festejar connosco. Dei por mim a pensar que este gosto que eu tenho pelo Carnaval se deve, sobretudo, a algo mais profundo que umas noites de folia. Concluí que aproveito o Carnaval para celebrar a amizade!
Gosto de tudo o que envolve o Carnaval, é certo: criar a personagem daquele ano é sempre do mais estimulante até porque isso obriga a “reuniões” várias do quarteto. Seja ao vivo, seja online, é ver o fabuloso processo criativo que precede a escolha da personagem desse ano. Escolhida a personagem (e nunca é muito difícil chegarmos a consenso), chegam as preocupações: que material comprar? Como fazer? Onde adquirir?
Ultrapassado este momento é chegado o momento de pôr as ideias em prática. E aí chegam os momentos hilariantes. Se olharmos para trás lembraremos centenas de momentos fabulosamente divertidos. O processo de fazer as nuvens de trovoada será sempre relembrado como o mais fantástico. O que custou colar aquilo! (E mal colado que ficou!). Mas…e as gargalhadas enquanto tentávamos? O trabalho de equipa que se criou? Isso é fabuloso! E as fantásticas Chonés? A famosa maquilhagem negra que tanto nos horrorizava? E as preocupações com cabeleireiro e maquilhagem para as nossas “senhoras dos anos 50”? Todo um trabalho de equipa exigido!!! Mas tanto momento fantástico e tanta gargalhada! E, ao analisar algumas das fotos dos anos que passaram, percebo que o Carnaval se tornou para nós mais uma forma de estreitar os laços de amizade que nos unem. Não nos encontramos para um jantar digno, com vestidos magníficos e com direito a brinde. Encontramo-nos altamente decoradas e celebramos os elementos que acima de tudo nos unem: amizade e loucura!
Percebo hoje que o jantar de Carnaval é já uma tradição tão importante como o nosso jantar de Natal. Percebo que o que começou por ser uma tradição do quarteto se está a ampliar para ser uma tradição de um grupo de amigos alargado que, de ano para ano, tem mais gente disfarçada. E isso é fabuloso. Porque, e para acabar, percebi  que, quando escolho me mascarar em algum lado e com algum grupo é porque sinto essas pessoas como sendo “minhas”. Minhas compinchas na vontade de fazer festa, na loucura, na celebração dos sentimentos bons, na celebração da vida.
Por isso hoje, dia em que sai à rua mais uma fatiota de Carnaval, quero agradecer aos que celebram o Carnaval comigo há anos: os fabulosos membros do quarteto: Liliana, Mara e Helena. Aos que celebram há menos tempo mas que têm lugar cativo no meu coração: Gisela, Filipa (que hoje se estreia nas fatiotas de Carnaval!!!), Eugénia. Às minhas fantásticas amigas Alentejanas, com as quais celebrei vários carnavais, Maria João e Andreia. Agradecer ainda a algumas colegas (e amigas) de trabalho que rapidamente mostraram que o nível de loucura é perigosamente idêntico e que me fazem sentir em casa naquele cantinho do Alentejo: a maravilhosa Ana Luísa (quais seriam as probabilidades de encontrar na escola alguém com o mesmo desarranjo mental que eu???) e às minhas caras companheiras rockeiras Anabela e Deolinda!

E isto parece os agradecimentos dos óscares…deixemo-nos disso e vamos lá mas é tratar do disfarce e celebrar a vida!!!!!!!!  

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